Remakes de filmes ou novelas que marcaram época sempre provocam expectativas – e polêmicas. Não seria diferente com Gabriela, de volta ao horário (23h) das novelas mais adultas da Globo/TV Bahia e cuja primeira versão, de 1975, é um clássico.
Mas, pelo visto na estreia, que bateu recorde do horário com média de 30 pontos e picos de 34, não há motivos para decepção. A começar pela escolha de Juliana Paes: com a difícil missão de repetir o êxito de Sonia Braga nos anos 70, a paixão do turco Nacib (Humberto Martins, convincente), a atriz deu mostra de que sua escolha foi um acerto.
Mesmo, é importante frisar, que a direção de Mauro Mendonça Filho tenha privilegiado não o drama e a emoção da retirante Gabriela no sertão castigado, mas a estética (com fotografia impecável). No primeiro capítulo, o Bataclan foi o ambiente da história mais destacado.
Embora a elite da Ilhéus de 1925 – no apogeu do cacau – sonhasse com Paris, exageraram na ambientação do Bataclan, que virou uma espécie de Moulin Rouge dos trópicos.
Maria Machadão
Como Maria Machadão, Ivete Sangalo mostrou não ter a densidade e as nuances do personagem criado por Jorge Amado e que Heloísa Mafalda tão bem interpretou em 1975. Dentro de Machadão tem um lado também coronelesco à la Ramiro Bastos (Antonio Fagundes).
Como Maria Machadão, Ivete Sangalo mostrou não ter a densidade e as nuances do personagem criado por Jorge Amado e que Heloísa Mafalda tão bem interpretou em 1975. Dentro de Machadão tem um lado também coronelesco à la Ramiro Bastos (Antonio Fagundes).
A estrela do axé não pareceu à vontade como atriz, mesmo no palco (onde ela brilha na vida real) quando Maria Machadão cantou. Coisas de quem não é atriz profissional, mas que pode melhorar. Já Maitê Proença e Marcelo Serrado, profissionais, não encontraram o tom ideal para seus personagens. No resumo, Seu Jorge, no céu, deve estar feliz com a sua nova Gabriela.
Para celebrar sua estreia como a cafetina Maria Machadão, dona do lendário Bataclan, em Gabriela, Ivete Sangalo reuniu na noite de segunda-feira, no restaurante Dom Papito (Piatã), cerca de 20 amigos e familiares. Entre os presentes estavam o marido Daniel Cady, o produtor Dito Espinheira, os irmãos Cyntia e Ricardo Sangalo, a repórter da TV Bahia Wanda Chase, o jornalista do CORREIO Osmar Marrom Martins e o diretor teatral Fernando Guerreiro – que deu dicas de atuação à artista.
No intervalo, a cantora recebeu um telefonema de Juliana Paes, intérprete de Gabriela no remake. As duas trocaram elogios. Ivete Sangalo também elogiou as atuações das baianas Emanuelle Araújo e Ildi Silva. “Elas estão muito bem”.
Correio24horas
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