As músicas do pagode baiano com uma linguagem mais ousada têm causando polêmica em Salvador (BA) e seguem a linha do proibidão carioca.
Depois de se apresentar no Festival de Verão de Salvador, na madrugada desta sexta-feira (27), a cantora, que levou três figuras importantes do gênero musical, mostrou-se contra esse discurso que usa palavras baixas e danças de conotação depreciativas para se referir às mulheres.
- Acho fuleiro pagode que deprecia a mulher, quando é preciso defendê-las. Isso não é uma fatia do pagode. Isso é responsabilidade dos homens, não do pagode. Vagabundo tem em todo canto.
Novo CD
Apesar de no final do ano ter feito um especial ao lado de Gilberto Gil e Caetano Veloso, um álbum destacando a música popular brasileira passa longe dos planos de Ivete.
- Não tenho vontade nenhuma de gravar um álbum com sucessos da música brasileira. Eu gosto e sempre absorvi artistas como Caetano Veloso quando era jovem. A música estrangeira só entrou na minha vida lá pelos 14 anos. Até aí acho que a única coisa estrangeira que conhecia era o Menudo.
Carnaval
Para o Carnaval, Ivete diz que não pensa muito no que vai trazer esteticamente, mas não quer criar modas mirabolantes que prejudiquem o mais importante da festa que é a música.
- Penso que por mais poder tecnológico que ele possa ter, quanto mais aparato você faz, pior fica a qualidade do som.
Com chegada de Carnaval e pedido de músicas novas, Ivete diz que eles vão ter de esperar mais um pouquinho. Um novo DVD não está nos planos recentes da diva do axé.
- A pessoa vai para Nova York, passa meses falando aquela língua e já querem outro álbum[risos]. Mas, sério. Artista não pode fabricar ideia assim, se não fica fuleiro. As ideias tem que vir, se não eu viro uma máquina de negócio. E eu não sou uma máquina de negócios.
Mulher de família
Ivete contou sobre a mudança de vida com o nascimento do filho Marcelo e a diminuição na agenda de shows. Porém, por conta da meningite, a cantora precisou remarcar algumas apresentações.
- Quando o meu filho nasceu, eu tentei organizar minha vida para desenvolver o papel de mãe, esposa e de família. A gente tem que obedecer o curso natural da vida.
Fonte: Folha Vitória
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